Ministros das Finanças e presidentes dos bancos centrais dos países do G20 se reuniram neste final semana em Buenos Aires, na Argentina, e reiteraram suas posições sobre um plano de monitoramento de criptomoedas sobre seu uso em prática ilícitas, como lavagem de dinheiro, segundo relatório publicado na segunda-feira (23) no site do Grupo.
No início da semana passada, o Conselho de Estabilidade Financeira (FSB) apresentou várias métricas importantes para monitorar os criptoativos para serem discutidas neste encontro, conforme relatou a Coindesk.
No encontro em março, quando a cúpula abriu o tema ‘criptomoedas’ para ser debatido pela primeira vez no grupo, o FSB, que coordena o regulamento financeiro do G20, disse que iria focar em rever regras já existentes ao invés de projetar novas.
O problema dos criptoativos, no entanto, levantou questões com respeito à proteção do consumidor e do investidor, integridade do mercado, evasão fiscal, lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo. Ainda assim, no relatório final o grupo afirmou que o mercado criptoeconômico não era um risco para a estabilidade financeira global.
Na ocasião, o documento final da reunião na Argentina estabeleceu um prazo até junho para o primeiro passo de uma regulação unificada das criptomoedas.
“Inovações tecnológicas, incluindo aquelas subjacentes aos ativos criptográficos [criptomoedas], podem trazer benefícios significativos para o sistema financeiro e para a economia em geral”, diz um trecho do relatório deste final semana.
Os países membros deram um prazo de três meses ao Grupo de Ação Financeira Internacional (FATF) — um órgão intergovernamental formado para combater a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo — para esclarecer como os padrões do grupo Anti-Lavagem de Dinheiro (AML) existentes podem se aplicar à criptomoeda.
A AML visa atividades que incluem manipulação de mercado, comércio de produtos ilegais, corrupção de fundos públicos e evasão fiscal, bem como atividades que buscam ocultar esses atos.
“Enquanto os ativos de criptografia não representam um risco de estabilidade financeira global, permanecemos vigilantes. Reiteramos nossos compromissos de março relacionados à implementação dos padrões e pedimos ao FATF que esclareça em outubro de 2018 como seus padrões se aplicam aos ativos criptográficos [criptoativos]”, disseram os países membros no documento.
Os padrões da força-tarefa FATF referem-se aos requisitos de verificação de lavagem de dinheiro e identificação do cliente que faz as movimentações financeiras.
fonte:
https://portaldobitcoin.com/criptomoedas-podem-trazer-beneficios-para-o-sistema-financeiro-diz-g20/