A queda do bitcoin parece não ter terminado ainda. Na noite de sexta (22), o preço caiu abaixo dos US$ 6.000 e foi negociado perto dos US$ 5.900 nas principais exchanges do mundo, alcançando assim a menor cotação de 2018.
Na Bitfinex, exchange com maior volume de negociação de BTC, o preço chegou a US$ 5.910, menor cotação desde novembro de 2017.
Alta do dólar segura preço do Brasil
No Brasil, de acordo com o Índice de Preço (IPB), a cotação do bitcoin continua acima dos R$ 23.000, grande parte devido à forte alta que o dólar teve neste ano. A menor cotação do bitcoin no Brasil em 2018 foi atingida no dia 7 de feveriro, quando alcançou R$ 20.204.
Na época, a cotação nas principais exchanges do mundo também estava em torno dos US$ 6.000, porém, o dólar estava apenas R$ 3,20, 15% a menos do que a sua cotação atual, de R$ 3,80.
O desvalorização do BTC já acumula -15% apenas em junho e valorização de 1,5% no segundo trimestre. Desde o início do ano, o bitcoin já caiu 48%. O valor de mercado da criptomoeda atualmente é de US$ 105 bilhões.
O que pode ter impulsionado a queda
A venda em massa se agravou após um documento ter sido publicado na página oficial do Mt.Gox, uma extinta exchange de criptomoedas que foi hackeada em mais de US$ 470 milhões em 2014.
Resumindo, o documento detalha alguns pontos importantes, como o responsável pela custódia dos BTCs da Mt. Gox não podendo mais vende-los no mercado. Além disso, e possivelmente o principal motivo da queda, é o fato de que os credores receberão BTC (e não JPY – moeda fiduciária japonesa) na metade de 2019, o que significa que uma grande quantidade de bitcoin entrará no mercado e talvez sejam despejados, dado que são bitcoins adquiridos pelos usuários em 2014 ou antes.
Outro fator que pode ter contribuído foi o órgão regulador financeiro do Japão, a Financial Services Agency (FSA), que enviou pedidos de melhoria de negócios para seis grandes bolsas de criptomoedas, informou a Cointelegraph Japan em 22 de junho.
De acordo com os comunicados de imprensa listados em seu site, a FSA exigiu uma revisão da gestão de risco – centrada nos requisitos anti-lavagem de dinheiro (AML) e know-your-customer (KYC) – da bitFlyer, Quoine, BTC Box, Bit Bank, Tech Bureau. e Bit Point.
A bitFlyer, maior exchange de criptomoedas do Japão, bloqueou o cadastro de novos usuários após o governo requisitar mudanças no sistema contra lavagem de dinheiro e identificação de clientes.
fonte:
https://portaldobitcoin.com/bitcoin-atingiu-menor-preco-de-2018/