O consumo de energia em data centers dedicados à mineração de criptomoedas na Islândia vem causando preocupações por parte de distribuidores locais de eletricidade. No país, a rede de blockchain já usa a mesma quantidade de energia que quase todas as residências juntas.
Para alguns, a efervescência atual dos criptoativos não garante que tanta dedicação a esse ramo de atividade seja segura ou vantajosa. A mineração consome grande quantidade de energia por necessitar de poderosos processadores de computador e sistemas de refrigeração para mantê-los frios.
Johann Snorri Sigurbergsson, gerente de desenvolvimento de negócios da HS Orka, fornecedora de energia na Islândia, comentou para a Bloomberg que o Bitcoin “provavelmente não estará por aí no futuro” — mas espera que os centros de mineração ainda possam ser úteis como incubadoras de outras novas tecnologias.
Na política, o consumo de energia em centros de mineração vem sendo fonte de críticas. O poeta e candidato à presidência derrotado Andri Snær Magnason escreveu artigo para a Vice criticando duramente a atividade.
" Mineração de criptomoedas é boa para o planeta como Criptonita é boa para o Super-Homem. Os vilões do mal encontraram a forma mais estúpida de desperdiçar energia."
A Islândia é um dos países mais buscados para grandes mineradores de criptomoedas devido, em parte, à sua matriz energética, baseada na atividade geotérmica — mais barata que a maioria dos outros métodos de criação de eletricidade. As baixas temperaturas do país ártico também reduzem os custos, pela menor necessidade de refrigeração.
Até o fim do ano, a Islândia estima que consumirá 100 megawatts para sustentar a necessidade energética.
A ilha sofreu com a dependência econômica em poucos setores. Com a crise bancária de 2008, a bolsa de valores local chegou a cair 70%. Atualmente, o país depende principalmente da pesca, turismo e fundição de alumínio (que também consome muita energia).
fonte:
https://portaldobitcoin.com/consumo-eletrico-com-mineracao-de-bitcoin-preocupa-islandeses/